Na tarde deste domingo, 5, um idoso de 74 anos, morreu após família denunciar falta de atendimento.
Dois bebês gêmeos morreram após o nascimento no hospital municipal de Portel, no arquipélago do Marajó e a família acusa a direção da unidade de saúde de atendimento precário, que acabou causando a morte dos bebês. Um vídeo que circula pelas redes sociais, gravado na manhã deste domingo, 5, mostra uma grande confusão na sala de entrada do hospital, após a morte do segundo bebê.
A mãe das crianças, Érica da Cruz Corrêa, é moradora da localidade Rio Caju, às margens do rio Pacajá, que fica distante três horas de barco da sede de Portel.
A família dela conta que Érika chegou a fazer algumas consultas do pré-natal na cidade, mas que quando começou a sentir dores do parto estava em sua casa na comunidade ribeirinha onde mora e que as crianças nasceram no sábado, 4, mas uma delas precisava de incubadora, mas não há esse tipo de equipamento no hospital.
A primeira criança morreu no mesmo dia em que nasceu e a outra gêmea morreu na manhã deste domingo, 5. O enterro ocorreu na tarde deste domingo.
De acordo com o comerciante conhecido como Bebé da Portelinha, a família está muito abalada pelo atendimento precário no hospital municipal, por isso, houve confusão, pois a direção da unidade não deu satisfação à mãe nem à família dos bebês.
Também houve tumulto por falta de médico no hospital. Muitos pacientes se queixaram que o médico chegou tarde e que demorou a atender quem aguardava por atendimento.
Com a confusão, o vice-prefeito do município, Evandro Santos, foi até o hospital e pediu esclarecimentos à direção, mas também foi impedido de entrar no local, causando ainda mais confusão entre os familiares dos pacientes que precisavam de atendimento.
Um senhor idoso, Izaías Batista de Oliveira, 74 anos, com fortes dores estomacais e inchaço pelo corpo precisava de internação, mas os familiares afirmam que o levaram ao hospital por volta das 22 horas de sábado e que médico mandou aplicar apenas um analgésico. Hoje pela manhã, os familiares procuraram o vice-prefeito e pediram ajuda para conseguir que a equipe médica desse melhor atendimento ao paciente ou que conseguissem transferi-lo para o hospital regional de Breves. No final da tarde deste domingo, o paciente faleceu quando estava sendo transferido.
Pelas redes sociais, a população de Portel se queixa de falta de médico e de medicamentos, atendimento inadequado e que o espaço físico do hospital municipal não tem condições de atendimento.
No vídeo da confusão na entrada hospital, dá para constatar o piso todo arrebentado, além de falta de higiene. "A direção do hospital não dá esclarecimento algum sobre a morte dos bebês recém-nascidos. Eles ignoram os familiares, os pacientes. Quando as famílias questionam, a primeira atitude do hospital é chamar a polícia para fazer com a família se intimide", contou Bebé da Portelinha.
O comerciante denuncia que no hospital municipal nunca tem médico, que tem morrido outras crianças, pessoas idosas. "Portel está vivendo momento de terror na saúde e ninguém faz nada, inclusive, a câmara de vereadores.
Izaías Batista de Oliveira, 74 anos. Família se queixa de descaso hospital municipal de Portel |
A Secretaria Municipal de Saúde de Portel não se pronunciou sobre as mortes nem sobre a situação do hospital municipal.
Fonte: Roma News